quarta-feira, 29 de setembro de 2010

Sobre as "diferenças", na política, na vida...

Não, caros leitores, não vou falar de Dilma hoje... Embora, claro, segundo umas conversas de vestiário que andei ouvindo hoje (acho ótimo conversa de vestiário de academia... é quase que uma sessão de análise coletiva... todo mundo fala a merda que quer sem censura nenhuma... rs...), também se aplica a ela.

Não votarei no Tiririca, na "mulher pêra", naquela que declama, sonoramente - em tom meio assim de telesexo: 6-9... 6-9... rs... - mas, enfim... vamos à análise: essas pessoas têm direito de se candidatar a um cargo eletivo? Respondo: se não forem analfabetos, sim!!!

A Constituição brasileira, quando trata dos direitos políticos, diz que todo brasileiro pode votar e ser eleito, desde que preencha, digamos, algumas condições de elegibilidade... Dentre estas, a principal - e fundamental - é a de que a pessoa seja alfabetizada. No Brasil, infelizmente ainda um país de "terceiro mundo", no entanto, ser alfabetizado equivale a pouco mais que saber desenhar o próprio nome. Nem poderia ser diferente enquanto as condições sociais ignorarem o que os especialistas chamam de "analfabetismo funcional": aquele que acomete grande parte da população, que torna os cidadãos incapazes de lerem, compreenderem e... enfim... interpretarem textos que ultrapassem a barreira de um simples recado... Algo um pouco mais profundo que: "fui à padaria, volto já!"

Bom... Nem vou falar de analfabetismo político... que aí, então, o buraco é mais embaixo... rs...

Assim sendo, voltando ao direito de serem eleitos tiriricas, mulheres pêras e congêneres... Se alfabetizados, e com votos suficientes, devem! Ignorar os direitos políticos dessas pessoas seria defender a desigualdade. Muitos se esquecem que, se começarmos a tratar tudo com dois pesos e duas medidas, sob o pretexto de uma pseudo-ética, estaremos ignorando a igualdade e, com isso, a um passo do autoritarismo - e do elitismo! No Império, o voto era censitário... somente pessoas da "elite" podiam votar e ser eleitas... Acho que ninguém em sã consciência defende a volta daqueles tempos no Brasil, quando até escravidão era legalizada, né?!

No entanto, o direito de se candidatar é garantido! Agora eleger-se é outra coisa! Para isso, tais "candidatos" precisam do voto popular... "Cada eleitor, um voto!"

Se o Tiririca, então, se elegerá por SP deputado federal com mais de 1 milhão de votos, é porque mais de 1 milhão de paulistas entendem que o Tiririca é o representante ideal para eles. Podemos simplesmente ignorar tal fato? Não. É lamentável? Não sei dizer. No entanto, se ele for democraticamente eleito, tem o direito de se sentar numa das cadeiras da Câmara dos Deputados por quatro anos!!!!

Assim, voltando ao chavão clássico: educação é fundamental! Somente com ela deixaremos de ter tantos cidadãos crendo que o Tiririca ou a "mulher fruta" são seus melhores representantes... Vale aqui o ditado popular: "cada povo tem o governo que merece".

Ainda voltarei nesse assunto.

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